LUDUTOPIA

quinta-feira, 16 de abril de 2015

"A Rua Onde Vivem", de Mary Higgins Clark


Título original: On the Street Where You Live
Autora: Mary Higgins Clark
Editora: Bertrand Editora
Nº de páginas: 413

Sinopse:
A vida de Emily Graham, brilhante advogada em Nova Iorque, está num verdadeiro tumulto. Além de um divórcio traumático, é perseguida por um homem que a considera responsável pela absolvição do assassino da sua mãe. Emily decide refugiar-se em Spring Lane, comprando a mansão vitoriana que em tempos pertencera à sua família. As obras de restauro do edifício e a construção da piscina conduzem a uma descoberta macabra: um esqueleto que é identificado como sendo de uma mulher que desapareceu da vila há alguns anos. Mas o mais estranho é que entre os seus dedos segura o anel da família de Emily…


Opinião:
Quando peguei no "A Rua Onde Vivem" há alguns anos atrás (leia-se cinco ou seis), fiquei entusiasmado com a sinopse porque previ um livro cheio de suspense, super empolgante, mas, como não me chamo Maya, nem Maria Helena, flopei na previsão. Tentei pegar no livro duas vezes e só à terceira é que consegui terminá-lo. Foi sofrível, mas obriguei-me a continuar a leitura, custasse o que custasse! Afinal de contas estou a ler todos os livros cá em casa e pela ordem que estão na estante, portanto, só tinha de continuar. Teria comprado o livro se soubesse o que sei hoje? Não e nem tampouco volto a pegar em livros desta autora. Fiquei traumatizado.
A narrativa é confusa. Existem demasiadas personagens e vários assassinatos paralelos. Cheguei ao fim do livro a saber apenas meia dúzia de nomes. A personagem principal é inútil para o desenrolar da ação e nunca senti empatia por ela. Era suposto? Até podia ter morrido a meio do livro que nem ia sentir a sua falta. De protagonista tem muito pouco. Os verdadeiros protagonistas deste livro são os polícias que tentam desvendar os assassinatos, mesmo 100 anos depois. 
No momento da descoberta dos assassinos não senti nada, nem surpreendido fiquei. Fiquei indiferente à revelação. Apenas quis despachar o livro de tão horrível que foi lê-lo. O cúmulo foi quando uma personagem se lembrou de falar em reencarnações. Já não bastava a confusão da narrativa, a autora ainda foi criar esse arco desnecessário para estragar ainda mais a sua obra.
Parece que a autora quis contar três histórias interligadas, mas não teve capacidade para tal. Faltou ação e uma narrativa que prendesse de facto. Faltou aquilo que os livros de mistério e suspense têm. Tentar descobrir o assassino não chega. Para quem é considerada a "rainha americana do suspense", Mary H. Clark deixou muito a desejar!




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