LUDUTOPIA

sábado, 11 de abril de 2015

"Aventuras de Sherlock Holmes 1", de Arthur Conan Doyle


Sinopse:
As Aventuras de Sherlock Holmes incluem originalmente doze contos de aventuras do detetive Sherlock Holmes, publicados em 1892. Os contos foram divulgados pela primeira vez na revista Strand Magazine, nos anos de 1891 e 1892. Neste primeiro livro de aventuras estão reunidos Um Escândalo na Boémia, O Mistério do Vale Boscombe e O Carbúnculo Azul.


Opinião:
Recebi o primeiro volume das Aventuras de Sherlock Holmes num amigo secreto que participei neste natal. Juntamente com esse livro, recebi também o primeiro volume de Memórias de Sherlock Holmes e o volume único O Último Adeus de Sherlock Holmes. Fiquei entusiasmado para ler. Afinal de contas é Sherlock Holmes! As expectativas estavam altas, devido à fama do detetive no mundo literário e à série Sherlock, criada pela BBC. Antes de começar a ler, queria comprar já os doze volumes desta coleção feita pelo DN/JN. Maior burrice que passou pela minha cabeça, mas ainda bem que não cometi o erro de comprar 12 livros com folhas transparentes e cheios de erros de construção frásica. Foi, talvez isso, que me fez depreciar a obra de Arthur Conan Doyle.


Narrado pelo ponto de vista do Dr. Watson, o fiel companheiro de Sherlock Holmes, os três contos apresentados neste volume, Um Escândalo na Boémia, O Mistério do Vale Boscombe e O Carbúnculo Azul, relatam três crimes que foram absurdamente resolvidos. Achei as resoluções previsíveis (o final do primeiro conto já conhecia por causa da série) e fiquei um tanto desiludido por não ver os criminosos presos. Sherlock Holmes mostrou-se um personagem que simplesmente adora resolver crimes por causa dos enigmas e do desafio e não para prender os criminosos. O protagonista é simplesmente cativante, porque ficamos abismados com as conclusões que ele faz acerca de tudo. A obra ficaria mais rica se fosse contada em primeira pessoa por ele e não pelo médico, que não tem um grande papel no desenrolar da ação, a não ser ouvir as deduções de Sherlock. Isso foi notório no conto Um Escândalo na Boémia em que o detetive se aventurou sozinho para resolver o crime e só ficamos a saber isso quando ele conta ao seu amigo o que se passou. Seria bem mais interessante acompanhar de perto essa aventura!



Fiquei bastante desiludido com o livro. A escrita do autor é bastante simples, não tem grandes descrições, mas penso que o facto de serem contos, faz com que as narrativas sejam condensadas e grande parte da ação seja cortada, tornando-as aborrecidas. Ou então sou eu que devo ter algum problema com contos! Para além disso, não consegui gostar do médico, ao contrário do detetive que adorei. Isto é curioso, porque acontece-me exatamente o oposto com a série britânica Sherlock, em que adoro o Dr. Watson, interpretado pelo brilhante Martin Freeman, e detesto o Sherlock Holmes, papel de Benedict Cumberbatch.

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