Autor e ilustrador: Antoine de Saint-Exupéry
Tradução: Joana Morais Varela
Editora: Editorial Presença
Nº de Páginas: 96
Sinopse:
Esta é a história do menino que vivia num asteróide, com os seus vulcões em miniatura e a sua linda rosa vermelha, e usava um longo cachecol a flutuar ao vento. Um dia ele resolveu viajar e visitou a Terra onde encontrou um grande amigo, que depois contou a história desse menino. Esta história foi traduzida em muitas línguas, foi lida por milhares de pessoas pequenas e grandes, e também por aqueles que, tendo-a lido quando eram pequenos a voltaram a ler na idade adulta.
Considerado um dos grandes clássicos da literatura infantil, este livro é na verdade de alcance intemporal, podendo ser inspirador para leitores de todas as idades e de todas as culturas. Publicado pela primeira vez em Nova Iorque, em 1943, a Presença vem agora dar continuidade à carreira de uma das obras mais amadas e admiradas do nosso tempo.
Opinião:
Como se pode ler na sinopse, "O Principezinho" é uma obra intemporal e que toca todas as gerações. Penso que o livro é classificado como literatura infantil, devido às ilustrações e à escrita simples de Saint-Exupéry, porém, isso não tira o brilho e a beleza de todas as mensagens que o livro nos ensina. Deve ser lido por toda a gente, independentemente do género, idade, religião ou qualquer outro motivo de preconceito. A sua simplicidade cativa-nos e faz-nos viajar por planetas tão diferentes e estranhos que, quando aterramos neles, ficamos boquiabertos com o que vimos e julgamos. Talvez isso seja um ensinamento para os adultos que quando saem da sua zona de conforto ficam perplexos com a diversidade de pensamentos e hábitos, contrários aos seus.
"O Principezinho" é uma leitura obrigatória para quem gosta de personagens cativantes e diferentes! A minha preferida é a raposa. Aliás, todo o capítulo dedicado a ela foi o que mais me tocou. Identifiquei-me bastante com a linha de pensamento do animal.
— Era melhor teres vindo à mesma hora — disse a raposa. — Por exemplo, se vieres às quatro horas, às três já eu começo a estar feliz. E quanto mais perto for da hora, mais feliz me sinto. Às quatro em ponto hei de estar toda agitada e toda inquieta: fico a conhecer o preço da felicidade! Mas se chegares a uma hora qualquer, eu nunca vou saber a que horas hei de começar a arranjar o meu coração, a vesti-lo, a pô-lo bonito....
Quem nunca? Para além da raposa, também é possível gostar das personagens mais chatas e vaidosas, como a rosa. Apercebemo-nos de quão ridícula são as atitudes dela e transpomos isso para a nossa realidade e, afinal de contas, quantas rosas não andam por aí armadas em fortes, quando, na verdade, são mais frágeis do que parecem?
A inocência da personagem principal, o Principezinho, está bem presente nas suas questões feitas aos habitantes dos outros pequenos planetas, que olham para ele (alguns nem se dão ao trabalho) com estranheza, de tão incomuns que são as dúvidas. Aliás, eu concluo que o Pequeno Príncipe simboliza a própria inocência, e que, a mesma, tal como o personagem, "caiu de mansinho, como caem as árvores." Tomo o final como um abandono da inocência no nosso olhar que vamos perdendo à medida que crescemos. "O Principezinho" é, seguramente, um livro que pretendo reler daqui a uns anos para reolhar o mundo com um novo e fresco brilho.
Classificação:
Classificação:
Olá,
ResponderEliminarEste livrinho é maravilhoso merece ser lido e relido, cada vez que o releio aprendo algo de novo.
Beijocas e boas leituras.
Eu pretendo relê-lo daqui a uns anos, sem dúvida!
EliminarBoas leituras para ti também, Carla :D