LUDUTOPIA

quarta-feira, 10 de junho de 2015

"O Retrato de Dorian Gray", de Oscar Wilde


Título original: The Picture of Dorian Gray
Autor: Oscar Wilde
Editora: Bertrand Editora
Nº de páginas: 288

Sinopse:
Dorian Gray é um jovem invulgarmente belo por quem Basil Hallward, um pintor londrino, fica fascinado. Determinado a eternizar a beleza de Dorian numa tela, Basil convence-o a posar para ele. Numa dessas sessões, o jovem conhece Lorde Henry Wotton, um aristocrata cínico e hedonista, que o desperta para a beleza e o seduz para a sua visão do mundo, onde as únicas coisas que valem a pena perseguir são a beleza e o prazer. Horrorizado com o destino inevitável que o fará envelhecer e perder a sua beleza, Dorian comenta com os amigos que está disposto a tudo, até mesmo a vender a alma, para permanecer eternamente jovem e manter a sua beleza.
Fortalecido pelo hedonismo, Dorian trata cruelmente a sua noiva, Sybil Vane, que se suicida com o desgosto. Ao saber do sucedido, o jovem começa a notar certas mudanças subtis na sua expressão no quadro, e constata que é o Dorian do quadro que envelhece e que sofre com a passagem dos anos, ao mesmo tempo que o Dorian real permanece com a juventude e beleza intacta. Um romance gótico de horror com um forte tema faustiano, O Retrato de Dorian Gray é considerado pela crítica como a melhor obra de Oscar Wilde.

Opinião:
Crucifiquem-me! Não gostei deste livro. Penso até que foi uma leitura com altos e baixos, mas que no fim não me conquistou. O início é bastante atrativo, confesso. Isso deve-se à interação do Dorian Gray com os seus amigos, Basil e Henry. Aliás, a adoração que eles nutrem pelo Gray é tanta que cheguei a pensar que se iam envolver os três. Se é que me faço entender! Torci bastante para que o Henry beijasse Dorian, só para ver o Basil louco de ciúmes. Infelizmente isso nunca aconteceu :( Os homens tinham as suas paixões por mulheres, para deixar bem claro. Por falar em romance... Que história de amor foi aquela entre Dorian e Sybil Vane? Que casal tão sem graça e sem química! Já para não falar do desfecho da rapariga, que foi demasiado dramático, sem noção, super exagerado e meloso demais para o meu pequeno coração de pedra. Como se já não bastasse esse mel todo, a partir do momento em que os amigos se afastaram, a história morreu um pouco.
A escrita do Wilde é demasiado florida e isso dificultou a leitura nas partes sem ação. Matou mesmo o meu gosto inicial pela obra! Só perto do final é que a história ganhou ritmo e melhorou um pouco, mas achei o desfecho demasiado previsível. Porém, foi o mais sensato, se tivesse sido diferente ficaria estranho. Eu não quero dizer que "O Retrato de Dorian Gray" é um mau livro, porque não o é. Simplesmente não houve uma química entre nós (adoro falar de livros como se fossem pessoas)! Eu reconheço todo o seu valor histórico e a mensagem que a obra transmite, mas a escrita do autor foi difícil de engolir. Eu devia ter-me mentalizado que o livro é um clássico e foi escrito noutra época, logo a escrita seria diferente daquela a que estou habituado. Infelizmente, as minhas expectativas para esta leitura estavam bastante altas e acabaram por ser defraudadas.

Classificação:

8 comentários:

  1. Quero ler esse livro há imenso tempo mas depois da tua crítica começo a achar que talvez não seja assim tão bom haha.

    Ricardo, The Ghostly Walker.

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    1. Lê o primeiro capítulo na internet e se gostares da escrita compra o livro :p Eu não me identifiquei muito.

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  2. Acho que fizeste bem eu não desistir do livro (estarias no teu direito absoluto, se assim o entendesses), mesmo não se gostando de amores se deve ler este livro. Para além de, como dizes, ter em conta a altura em que foi escrita esta obra, há que ter em conta o autor. Acho que está é uma das obras que melhor representa Oscar Wilde. Acho que quem conhece bem o autor, a história, a sua personalidade, vê o valor deste livro.

    Eu, pessoalmente, gostei bastante. Não só pela temática, mas também pelo estilo. Na mesma altura (não me lembro se antes ou depois) li o "The Decay of Lying", que não tem nada a ver, mas que em certa forma toca em alguns aspectos que aparecem em "O Retrato de Dorian Gray". And it spoke volumes to me!

    Hei-de, certamente, ler mais coisas dele porque gosto do humor, gosto da crítica, e gosto da personalidade que foi. Mas o meu favorito é, e será sempre, "The Importance of Being Ernest"!

    Carla.

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    1. Se vejo uma série que não gosto, porque não "perder" tempo com um livro que me aborrece? Bom ou mau, ensina sempre alguma coisa
      Pois, este foi o meu primeiro contacto com o Wilde e não morri de amores. O problema é que "O Retrato de Dorian Gray" é aparentemente a melhor obra dele. E agora? Bem, talvez daqui a uns tempos lhe dê uma segunda oportunidade e pegue nesses que falaste :P

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  3. Ahahah, estou em crer ue esse é um mal geral. Já cheguei a trucidar alguns fones com os nervos xD

    Não conhecia o teu blog mas vem de encontro ao que gosto, sem dúvida! Adoro blogs que falem sobre cultura porque estou, sempre, numa busca incessante por ler coisas novas! Por esta razão, comecei a seguir-te! :)

    Geralmente sou como tu... Mesmo que não goste muito do livro continuo a ler e já consegui ser bastante impressionado com o desenrolar de algumas tramas. Este por acaso não conhecia, mas não me importava de lhe passar os olhos :)

    InstagramFacebook Oficial PageMiguel Gouveia / Blog Pieces Of Me :D

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    1. Os meus só não são trucidados porque preciso meeeeeeeeeeesmo deles!

      Obrigado e bem vindo :)

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  4. Discordo de tudo. Mas sou suspeita porque é dos meus autores preferidos. É o livro onde vejo mais dele. E a história não me incomoda nada. Pelo contrário. Retrata bem a vida libertina que levavam.

    Isa,
    http://isamirtilo.blogspot.pt/

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    1. O meu problema foi mesmo a escrita do Wilde. Demasiado florida e melosa para o meu gosto! Prefiro uma escrita mais nua e crua :P

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