LUDUTOPIA

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Séries que pretendo deixar de ver

A fall season já terminou e a maior parte das séries que vejo também. O verão está a chegar e com isso algumas regressam, surgem novas séries e outras são canceladas. Portanto, é o momento ideal para contrabalançar o que vejo. Reconheço que perco demasiado tempo da minha vida a ver séries só porque sim. Chegou a altura de alterar isso e começar a abandonar as séries que me aborrecem.

1. Bates Motel
Depois da primeira temporada que foi fantástica, a segunda foi totalmente o oposto. Foi penoso assistir a cada episódio sobre a família Bates. A terceira temporada melhorou um pouco, mas o meu amor pela série já estava morto e enterrado. Sinceramente, só continuei a ver por causa da relação Norman e Norma. Podem chamar-me doente, mas sempre que os vejo juntos torço para que finalmente se beijem. Para quem não sabe, eles são filho e mãe, respectivamente. Norman tem um fascínio doentio pela mãe... Portanto, imaginem o nível de desconforto que a série apresenta ao espectador. Esta temporada perdeu-se um pouco com as histórias paralelas e desinteressantes (estarei a ser exigente?), contudo, o ponto positivo foi a aproximação do Dylan com a Emma. Gostei de os ver juntos e acho que fazem um casal bonito. Depois de três temporadas, chegou a hora de dizer adeus ao Motel mais famoso do mundo das séries.

2. Once Upon a Time
Era uma vez uma série promissora que conquistou imensos fãs, apesar dos efeitos especiais rascas. Era uma vez uma série que enjoei. Ao longo de quatro temporadas a estrutura de "Once Upon a Time" manteve-se: um vilão à procura do seu happy ending e, para tal, agia com malícia contra os bonzinhos. No fim descobre-se que o vilão não é tão mau como pensávamos. O seu coração só ficou negro por causa do seu passado. Fartei-me de engolir sempre a mesma premissa! Por muito que introduzam personagens novas, no fundo acaba tudo por ser o mesmo. Ainda não sei se deixarei de ver a série, porque gosto imenso da Regina. É a única personagem com quem me importo, qualquer um dos outros pode morrer que não me afecta nada. Long live the Evil Queen!

3. Orphan Black
Tenho uma relação complicada com "Orphan Black". Gosto da temática, amo a Tatiana Maslany, que interpreta mil personagens diferentes, e simpatizo com outras, mas não estou a gostar do rumo da história. Parece-me demasiado óbvio usar os clones como armas para o exército ou simplesmente criá-los para acabar com a espécie humana e controlar a natalidade e os recursos. Mas tudo ainda é muito incerto, só agora é que começamos a ter respostas. Na temporada anterior, todo o núcleo dos Proletheans saturou-me. Não gostei mesmo nada da segunda temporada. Curiosamente foi a que teve melhor audiências. A terceira ainda não terminou e até agora tenho gostado, mas ainda estou bastante reticente se devo ou não continuar.

4. Penny Dreadful
"Penny Dreadful" tem apenas uma temporada completa e alguns episódios da segunda. Pode ser considerada como "Once Upon a Time" para adultos, por causa da vertente do horror e do sexo. A série apresenta personagens da literatura, como Dorian Gray, Drácula, Victor Frankenstein, entre outras, a viver na era vitoriana de Londres. A premissa é bastante interessante e reconheço a qualidade da série, mas se deixar de a ver não irei sentir falta, tanto que só ainda vi a primeira temporada. Acho que vou deixar acumular os novos episódios e talvez veja daqui a uns meses.

5. The Vampire Diaries
Para terminar esta lista, falta referir aquela série que já nada me diz, mas só não desisto porque já passei imenso tempo a vê-la e custa-me "perder" seis anos da minha vida. "The Vampire Diaries" tem vindo a perder qualidade desde a terceira temporada. Com a saída da protagonista, Nina Dobrev, no fim da sexta temporada, a série perdeu o motor de todo o enredo, porque tudo girava à volta de Elena. Estou bastante curioso para saber que rumo vão dar à série sem a sua personagem principal, mas estarei disposto a perder mais tempo da minha vida para ver uma série que já não mexe comigo? Penso que, tal como Nina, também vou abandonar "The Vampire Diaries".

quinta-feira, 28 de maio de 2015

TAG Amo/Odeio


Fui convidado pelas meninas do Pepita Mágica para responder à Tag Amo/Odeio. Terei de escrever dez coisas que amo e outras dez que odeio... e marcar dez pessoas. Como o meu blog ainda é recente, não me sinto à vontade para impingir às pessoas, que mal me conhecem, que respondam a este desafio. Portanto, esta tag não será passada a ninguém em concreto. Claro que qualquer pessoa pode responder. Estão à vontade :)

Coisas que amo:
1. Abraços
2. Brócolos
3. Café
4. Casas grandes abandonadas
5. Cheiro de um livro novo
6. Chuva (se estiver dentro de casa, claro)
7. Edições de livros com capa dura
8. Hambúrgueres!
9. Pugs
10. Rabos (sorry not sorry)

Coisas que odeio:
1. Atrasos
2. Bateria do Iphone (dura menos que dinheiro na minha carteira :'()
3. Calor
4. Deslealdade
5. Egocentrismo
6. Estar fechado num sítio e sentir o cheiro a suor das outras pessoas
7. Passar a roupa a ferro (as minhas costas não aguentam)
8. Pisar caracóis (arrepio-me todo só de imaginar!!)
9. Quando, por causa do calor, o meu pc se desliga
10. Ver casais a postarem coisas românticas no facebook um do outro (shut up, bitch!)

quarta-feira, 27 de maio de 2015

"O Rei de Ferro e a Rainha Estrangulada", de Maurice Druon


Título original: Le Roi de fer; La Reine étranglée
Autor: Maurice Druon
Editora: Marcador
Nº de páginas: 503

Sinopse:
O Rei de Ferro - Filipe, o Belo - é frio, cruel, silencioso, e governa o reino sem hesitações. Apesar disso, não consegue dominar a própria família: os filhos são fracos e as esposas, adúlteras, ao mesmo tempo que a sua filha de sangue, Isabel, é infeliz no casamento com o rei inglês - que parece preferir a companhia de homens. Empenhado na perseguição aos ricos e poderosos Templários, Filipe sentencia o grão-mestre Jacques de Molay a ser queimado na fogueira, atraindo sobre si uma maldição que vai destruir o futuro da sua dinastia. Morre nesse mesmo ano, deixando o reino em grande desordem. O seu filho é nomeado rei, mas com a esposa presa e acusada de adultério, é incapaz de gerar um herdeiro e de garantir a sucessão. Enquanto a cristandade espera um papa e as pessoas estão a morrer de fome, as rivalidades, intrigas e conspirações vão despedaçar o reino e levar barões, banqueiros e o próprio rei a um beco sem saída, ao qual só parece ser possível escapar pelo derramamento de sangue.

sábado, 23 de maio de 2015

TAG das séries


Vi esta tag no canal Algum Infinito e decidi trazê-la para aqui. Penso que já a vi traduzida para português de Portugal no Little House of Books, mas não tenho a certeza. Portanto, aqui vai a minha versão:

1 - Qual é a tua série favorita de sempre?

Obviamente que a resposta a esta questão é "Friends"! A melhor série de sempre! É impossível não rir em todos os episódios e emocionarmo-nos ao longo do amadurecimento das personagens. Conheci a série quando a RTP 2 a transmitiu e confesso que ficava colado ao ecrã. Vinte minutos de puro divertimento!

 

Para quem desconhece, o que eu acho impossível, "Friends" conta-nos a história de seis amigos que vivem em Nova York. Obviamente que o que torna a série especial não é a cidade, mas sim a relação dessas pessoas entre si e com os outros que vão surgindo. Todas as personagens são diferentes e cativantes ao seu jeito, e raramente sentimos que há protagonistas, porque cada um deles tem destaque. Claro que há um casal principal (Ross e Rachel), mas às vezes nem nos apercebemos disso, porque a história não gira à volta deles, mas sim à volta dos seis protagonistas. Todos eles têm as suas relações, os seus trabalhos, as suas manias, o seu passado, as suas fraquezas e, ao longo de 10 anos, aprendemos e crescemos com eles. Identifico-me bastante com a Mónica e com o Chandler, não por serem o meu casal favorito da série, mas porque sou um pouco competitivo como a primeira e sarcástico como o segundo.


O elenco principal foi muito bem escolhido. Os actores nasceram para ser aquelas personagens. Até quem não fez parte do elenco principal conseguiu cativar o público. Quem não se lembra dos famosos "Oh. My. God!" da Janice? Memoráveis! E o Brad Pitt, interpretando Will Colbert, que criou um clube de ódio a Rachel, juntamente com Ross? Hilário!


"Friends" é um ode à amizade. É uma série intemporal que marcou uma geração e continuará a marcar tantas outras! Para mim, qualquer fã de séries que se preze, deve, pelo menos, ter visto esta magnífica série.

2 - Qual é o teu personagem preferido de sempre?

Esta pergunta foi a mais difícil de responder. Estive indeciso entre três personagens: 10th Doctor, Donna Noble e o 11th Doctor. Todas elas da série "Doctor Who". Acabei por escolher o Doctor interpretado pelo David Tennant, o Décimo. O actor conseguiu mostrar a essência do personagem na perfeição. Louco e apaixonado pelo que faz! Enfim, always David Tennant <3

3 - Cita uma série em que viciaste.

Se há coisa que eu detesto, é que falem mal de "Lost". Eu sei que o final foi uma desilusão, mas todo o resto foi fantástico! Completamente viciante! Eu juro que não dormia só para ver a série. Fiz maratona num verão passado e foi uma experiência fantástica. Episódios frenéticos, reviravoltas, mil personagens, muitas mortes, realidades paralelas, personagens cativantes. Como não amar? Espero um dia rever esta grandiosa série.

4 - Cita uma personagem em que tenhas algum em comum.

Tina Belcher, da série "Bob's Burgers". Não é preciso justificar com as minhas palavras. Podem ver os seguintes gifs e perceberão porquê. Tina Belcher is my spirit animal!








5 - Cita uma série que toda a gente gosta, menos tu.

Juro que não entendo o sucesso de "Pretty Little Liars". A série é uma confusão total. Os autores gozam com a cara dos espectadores sobre a identidade da A. A única personagem decente é a Spencer, porque o resto é lixo. Cinco temporadas depois ainda há quem continue a ver e a achar a série fantástica. Pobres crianças de Verão! Fiz muito bem em desistir.

6 - Qual é a tua série favorita dos últimos tempos?

Das séries completas mais recentes, "Empire" e "Daredevil" são aquelas que se destacam do meu reportório, mas optei pela primeira para responder à questão, porque foi ela que me tirou o sono. A premissa é bastante simples, mas as personagens são carismáticas o suficiente para facilmente nos identificarmos com elas. Já para não falar dos momentos musicais que são graciosos e colocados no momento certo, ao contrário de "Glee" que usou a música para encher episódios. Aconselho vivamente que vejam "Empire"!

7 - Cita um protagonista que não gostas, mas gostas da série.

Piper Chapman, de "Orange is The New Black", sem dúvida! A personagem é tão aborrecida e chata. Nunca me importei com ela, mas sim com as colegas da prisão. Aliás, só acompanho a série por causa das histórias paralelas, porque a principal é tão sem sal. Eu dispenso saber os problemas amorosos da menina certinha que não sabe o que quer: se o marido, que anda a comer a melhor amiga, ou a ex, que brinca com os sentimentos dela.

8 - Vês alguma série portuguesa?
Não, raramente vejo televisão.

E passo esta tag às meninas do blog Pepita Mágica, à Chris do Diário da Chris, à Clara do Não Matem as Borboletas e ao Ricardo do blog The Ghostly Walker.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Carta ao meu eu com 15 anos

A tua vida está prestes a transformar-se. Vais mudar de escola e os teus amigos, ou vão estudar para fora, ou vão para outra turma. Só terás uma pessoa conhecida na tua nova turma, todo o resto serão colegas novos, mas não te preocupes que farás amizades que até hoje se mantém. E não julgues os teus colegas! Não és melhor do que eles. Acredita que não. Portanto, escusas de te sentir superior. Não sejas tão presunçoso. E não uses essa superioridade como forma de defesa pela ausência dos teus melhores amigos. Essa arrogância não te vai levar a lado nenhum! Se pudesses ver o futuro... ias rir de quem realmente está melhor do que tu. Vais voltar ao mesmo sítio onde começaste e vais sentir-te um falhado. Sentir que fugiste de um estilo de vida para nada.

A tua alegria dissipar-se-á com o passar dos anos. Vais sentir-te sem rumo. Apesar de rodeado de pessoas, serás dominado pela solidão. Talvez por achares que certas pessoas é que deviam estar ao teu redor e não essas aparentemente aleatórias. Estás tão enganado! As pessoas certas são aquelas que entram na nossa vida do nada. São elas que te vão ensinar a abrir os olhos, não as pessoas que queres à tua volta. Se essas saíram da tua vida foi por algum motivo, já não tinham muito para te dar. Mas elas voltam sempre. Oh, se voltam! As pessoas entram e saem da nossa vida como quem troca uma peça de roupa. Uma coisa te garanto, a roupa suja volta sempre para nos assombrar, quer queiramos, quer não. Cabe a ti aprender a lidar com isso.

Nunca digas que não queres saber, porque tu queres. Queres sempre! Tentas enganar-te, mas tu és das pessoas que mais se importa. Aprende a lidar com isso. Aprende a ouvir o que os outros têm para te contar sobre quem não queres saber. Fala do que te magoa e não tentes ignorar isso, porque só vai piorar. Vais chegar a uma altura em que não vais aguentar e vais arrebentar, e as pessoas à tua volta não vão entender o porquê. Portanto, lida com o que não queres saber o quanto antes. A vida não é essa utopia que criaste na tua cabeça!

Lembra-te de quem estará sempre ao teu lado. Valoriza quem te dará força quando caíres! Por outro lado, também terás pessoas que não te perceberão. Que olharão para ti como quem olha para uma criança perdida. Coitado. Julgar-te-ão por acharem que não tens motivos para estares em baixo. Ignora-os! Não dês muita importância a quem te faz sentir ainda pior, por não te compreenderem. Ainda assim, nunca deposites demasiadas expectativas em quem está contigo. As pessoas são incertas. Não acredites em quem te diz que nunca te vai deixar, porque vão ser os primeiros a fazê-lo. Não existe amor eterno, nem amizade para sempre. As pessoas afastam-se. A vida assim o obriga. Vai-te custar lidar com isso. Bastante! Mas vais ultrapassar essa sensação de vazio, porque vais conhecer novas pessoas que te vão abrir horizontes, expandir a tua felicidade e fazer-te sentir desejado. A lição que podes tirar disto, é que nunca ponhas as mãos no fogo por alguém. Nunca! Mesmo que sintas que essa pessoa seria incapaz de te magoar. As pessoas magoam-te, abandonam-te e depois deixam-te a lidar com a dor sozinho. Talvez para elas lidarem com a sua própria dor. Não sei.

Quando estiveres de coração ferido, nunca uses alguém para te sentires confortável. Toda a gente diz coisas agradáveis, mas ninguém te fará sentir bonito se não sentires nada pela pessoa em questão. Vais acabar por magoar, por muito que tentes fugir disso. Vais tentar não fazê-lo, mas será inevitável. Todos nós acabamos por querer colmatar a dor que outros nos provocam com algo novo. Lembra-te que a dor é tóxica. Se estás magoado, acabarás por magoar alguém que não esteja. E quando magoares e sentires realmente culpa, perdoa-te. Não percas anos da tua vida a pensar no que poderias ter evitado. Não há volta a dar. Vive o presente e não te prendas ao passado.

Com o passar do tempo vais ficar cada vez mais introvertido. Vais preferir ficar calado e observar as pessoas, em vez de tagarelar a toda a hora. Esse silêncio vai incomodar... mas que se fodam os outros. Não te sintas obrigado a dizer algo só porque alguém não aprendeu a lidar com o silêncio. Não mudes a tua maneira de ser e de pensar só porque tens medo de perder alguém. Se te deixarem, é porque realmente nunca te valorizaram como realmente deverias ter sido. Vão também pedir-te para falares o que tens guardado dentro de ti. Tu vais contar e vais arrepender-te, porque dizer o que sentes não melhorará em nada. Só te vais sentir ridicularizado e que ignoraram os teus sentimentos. Portanto, revela o que sentes apenas a quem nunca te magoou e não a quem de, antemão, te faz perder horas de sono.

Tira essa ideia da cabeça que apenas amarás uma pessoa na vida e que amar é o suficiente. Não é! É preciso muita coisa para uma relação durar: paciência, tempo, compreensão, vontade e outras tantas coisas que nem sei. Se a relação não resultar... chora, grita, empanturra-te de comida. Faz o que tu quiseres, desde que pares de mendigar a atenção de alguém que não se importa contigo! E acredita que vais voltar a amar outra pessoa! Talvez ela te faça sentir ainda melhor do que o passado. Ou talvez não. É, estas coisas do amor são tramadas.

Tu és especial e continua a sentir-te assim, mas tem cuidado. Ter esse pensamento não chega. É preciso agir. É preciso sair da tua zona de conforto. As coisas não caem aos teus pés. Vou contar-te um pouco do teu futuro. Talvez estrague o efeito surpresa, mas não interessa. Vão quebrar-te o coração. Vais achar que é o fim do mundo, que nunca terás ninguém. Enfim, essas coisas tolas que os apaixonados dizem. Alguém que ainda não conheces vai dizer-te para focalizares. Centrares toda a tua energia e esforço num objectivo de vida e lutares até alcançares essa meta. Sim, é uma coisa muito óbvia, mas vais matutar durante imenso tempo sobre esse conselho e perceberás que não vale a pena desperdiçar meses com algo que não dá. Olha, por exemplo, como esta amizade que não funcionou. Tenta ver o lado bom da entrada de todas as pessoas na tua vida. Todas elas têm algo para te ensinar, até quem te fará sentir a pior pessoa do mundo. 

Sai do quarto e faz-te especial!

P.S.: Não, a barba ainda não cresceu.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

A vingança flopada de Amanda Clarke


Recentemente a série "Revenge" terminou, e confesso que não podia estar mais feliz com este cancelamento. A primeira temporada foi a única decente e capaz de me cativar de imediato. A série conquistou um público que se tornou fiel, com os seus casos de episódio por episódio. Conhecemos e amamos a protagonista num piscar de olhos. Todos se derreteram com a história de vida da menina que viu o seu pai a ser destruído pelos amigos, nomeadamente Conrad e Victoria Grayson, e jurou vingança. David Clarke foi preso por, aparentemente, ter contribuído para a queda de um avião, que levou à morte de vários inocentes. Uma vez preso, foi esfaqueado e dado como morto. A sua filha, Amanda Clarke, foi enviada para um orfanato e cresceu planeando uma vingança por tudo o que aconteceu ao seu pai. No orfanato conheceu Emily Thorne e tornaram-se amigas. Ainda lá dentro, Emily decidiu ajudar Amanda na sua vingança e, para facilitar esse processo, assumiram a identidade uma da outra. Assim sendo, Emily passou a chamar-se Amanda e vice-versa. Com a saída da prisão, a verdadeira Amanda, torna-se oficialmente Emily Thorne e é "acolhida" por um amigo (talvez o único) do seu pai, Nolan Ross. Com o avançar da vingança, os dois tornam-se cúmplices e melhores amigos. Foi esta dupla imbatível que conquistou imensa gente.

(Nolan Ross)

No fim da fantástica primeira temporada, a série afundou-se numa trama onde as personagens passaram a ter dupla personalidade, como Daniel Grayson e Louise Ellis. Tanto amavam como odiavam alguém no mesmo episódio! Depois de filhos bastardos, alcoólatras, filhas drogadas, vigaristas sedutoras, franceses irritantes, abortos, assassínios cometidos no passado, desvios de dinheiro e muita morte, "Revenge" afundou-se ainda mais que o Titanic. Essa queda deu-se com a ressurreição de David Clarke: o motivo de toda a vingança.

(David Clarke)

David Clarke conseguiu causar ainda mais impacto que Jesus Cristo! Não demorou três dias, mas apenas dez anos para aparecer... e digamos que o seu aparecimento foi uma delícia. David Clarke chegou e arrasou com as inimigas, matando Conrad Grayson. Foi um belo "surprise bitch" para toda a gente, tanto para os espectadores como para as personagens da série. Enfim, com o aparecimento do pai de Amanda, a série deixou de fazer sentido e perdeu o seu brilho. Haveria motivos para a vingança continuar? Não muitos, mas os argumentistas arranjam sempre qualquer coisa para as suas séries durarem anos, mesmo que façam sofrer de tédio quem as vê.
O último episódio foi transmitido no passado dia 11 e, pelo que li na internet, agradou à maioria dos fãs. Eu confesso que até gostei. Notei um esforço em encerrar todos os arcos da história, e a série só não terminou de forma grandiosa, porque não quiseram colocar o coração da Victoria Grayson no corpo da Amanda. Seria estupendo se isso tivesse acontecido: a protagonista ser salva pela vilã! Uma pena não terem tido essa coragem! Por falar em Victoria, ela teve um final triste. Foi traída por uma amiga que a denunciou, descobriu que se envolveu sexualmente com o seu próprio pai, foi morta por um dos homens que amou e os filhos não apareceram no seu funeral.

(Victoria Grayson)

Ao contrário da vilã, o melhor amigo da protagonista teve um bom desfecho. Com o plano de vingança concluído, Nolan Ross sentiu-se um pouco perdido, porque o motivo da sua felicidade tinha chegado ao fim. A vingança de Amanda foi o que lhe deu vida, porque anteriormente ele era um homem solitário. Porém, a felicidade dele renovou-se quando um estranho, indicado pela Amanda, apareceu à sua frente a pedir-lhe ajuda. Assim, Nolan viu-se novamente envolvido numa vingança, sentindo-se útil por ajudar um inocente.

A protagonista teve o seu final (quase) feliz. O pai morreu, os principais inimigos também e casou-se com o suposto amor da sua vida, Jack Porter, mesmo que só se tenham lembrado um do outro nesta último temporada. Achei bastante fofo quando a Amanda lhe ofereceu um cão no dia do casamento igual ao Sammy, que foi quem os uniu quando crianças.

(Amanda, Sammy e Jack)

Com o fim da série, interroguei-me se de facto Amanda Clarke vingou o seu pai. Ora vejamos, tanto Conrad como Victoria Grayson foram mortos por David, apesar da tentativa da heroína em ter morto a vilã. Foi preciso o ex presidiário aparecer para vermos os vilões a morrer, caso contrário, ainda estaríamos a ver os joguinhos de poder entre Amanda e Victoria. Agora pergunto-me: Terá David sido vingado pela sua filha? A resposta é bastante clara. Não, Amanda não vingou o seu pai, apenas dificultou a vida dos Grayson e dos restantes que contribuíram para a sua queda. Quem realmente vingou David Clarke... foi o próprio. Amanda Clarke flopou na sua vingança.

domingo, 10 de maio de 2015

Projecto "The Pocket Scavenger" - PARTE 1


"A single inanimate object, useless in itself, can be the focus of a world."
Yi-Fu Tuan

O ‘Scavenger’ é “a person who searches for and collects discarded items.” Segundo o Oxford Dictionary esta é uma das definições de ‘scavenger’ ou, como prefiro dizer em português, um ‘Coleccionador de tralha’.

Este desafio começou numa troca de prendas na qual eu recebi um livro chamado “The Pocket Scavenger” de Keri Smith.

Neste livro encontrei três tipos diferentes de desafios:
  1. Recolha de objectos, materiais e afins que pareçam desprovidos de vida, possível uso ou que tenham alguma ponta de interesse em si mesmos;
  2. Manipulação dos objectos segundo um desafio escolhido aleatoriamente de forma a dar-lhes uma nova vida, um novo significado;
  3. Partilhar esta aventura com outros amigos, conhecidos e comparar resultados.

Esta é uma aventura de descoberta e cheia de sorte, prestar bastante atenção a coisas mundanas e pôr mãos, pés e olhos ao caminho. Os resultados serão (espero eu) os mais variados e sejam interessantes ou não, faz tudo parte da experiência da qual espero que vocês também participem. Os desafios a que me vou propondo por este guia, vou propô-los a vocês também e espero que se juntem ao desafio de recolha e afins. Mais detalhes vão sendo avançados nos próximos posts, mas para já previno que convêm ter: 
  • Caderno em branco/Bloco de notas;
  • Materiais vários de escrita e desenho;
  • Tesoura e cola;
  • Máquina fotográfica ou equivalente;
  • Caixa ou lugares de armazenamento;
  • E outros… 

P.S.: Vocês vão ser ao longo desta experiência seres recém-chegados a este planeta, é a primeira vez que estão a olhar para tudo o que existe (ou assim será de esperar!)

Boa sorte!

sábado, 9 de maio de 2015

"Maze Runner - Provas de Fogo", de James Dashner


Título original: The Scorch Trials (The Maze Runner 2)
Autor: James Dashner
Editora: Editorial Presença
Nº de páginas: 368

Sinopse:
Atravessar o Labirinto devia ter sido o fim. Acabar-se-iam os enigmas, as variáveis e a fuga desesperada. Thomas tinha a certeza de que, se conseguissem fugir, ele e os Clareirenses teriam as suas vidas de volta. Mas ninguém sabia realmente para que tipo de vida iriam regressar...
O segundo volume da série Maze Runner ameaça tornar-se um clássico moderno para os fãs de títulos como Os Jogos da Fome.