Título original: スプートニクの恋人
Autor: Haruki Murakami
Editora: Leya
Nº de páginas: 265
Sinopse:
O narrador, um jovem professor primário, está apaixonado por Sumire, uma rebelde que conheceu na universidade. Um dia, num casamento, Sumire conhece Miu, uma mulher fascinante e misteriosa, de meia-idade, por quem se apaixona loucamente, acabando por se transformar na sua secretária. Partem para a Europa, numa busca que as empurra para uma estranha e mútua descoberta, e também para um desenlace assombrado. Ensaio sobre o desejo humano e a especulação sobre o destino, o livro de Haruki Murakami é um exuberante exemplo da arte de um dos mais importantes escritores do Japão contemporâneo.
Quem é um leitor assíduo já ouviu falar, certamente, que ou se ama, ou se odeia Murakami. Pois bem, eu não me enquadro em nenhuma das categorias. Tanto amei, como odiei "Sputnik, Meu Amor".
A estória é contada sob o ponto de vista do narrador, um jovem professor que assume para nós um amor pela sua melhor amiga, Sumire. Acontece que a rapariga nutre sentimentos por uma mulher mais velha que ela, Miu, e vê apenas o amigo como tal. Parece que alguém superou o Jorah Mormont na friendzone, não é mesmo?
O enredo basicamente passa-se à volta de Sumire, da forma como ela vê o mundo e o seu destino no mesmo. Enfim, todos aqueles dilemas existências típicos de quem está perdida na vida. Ao conhecer Miu, todas essas dúvidas na cabeça de Sumire desvanecem e agora tudo parece fazer um pouco mais de sentido. A mulher entrou na vida da jovem para a mudar: arranjou-lhe um emprego, coisa que ela não tinha até então, e, com isso, conheceu vários países. Até que algo acontece e mexe com as personagens!
Apesar da simplicidade do enredo, eu apaixonei-me pelas personagens, porque consegui identificar-me com todas elas, inclusive com Miu, que é a mais fria do trio. A Sumire é aquela rapariga adorável, mas chata. Ai dela que me ligasse às 3 da manhã com dúvidas existenciais! O narrador é o que mais sofre. Tem de aturar a Sumire sempre que ela exige atenção e ainda por cima não tem nada em troca, para além da amizade. Ele quer mais, mas o máximo que consegue é adormecer ao lado dela com uma ereção. Coitado!
A escrita do autor não é nada de extraordinário. Algumas coisas podiam ter sido evitadas, como a listagem de marcas usadas ou referências culturais excessivas, que nada acrescentam ao livro. Fiquei com a sensação que lhe pagaram pela publicidade! Para além disso, a falta de ação também contribuí para que o livro tenha pouco conteúdo.
"Sputnik, Meu Amor" parece mais uma reflexão sobre a nossa função neste mundo. Tema esse que já nos passou pela cabeça e vai continuar até morremos. Não digam que não. O ser humano está sempre a questionar a sua existência! Por causa disso, tinha esperanças de terminar o livro com um sorriso na cara, mas enganei-me. O desfecho foi a coisa mais preguiçosa que já li na vida. O autor recorreu-se do realismo mágico para resolver o problema. A questão aqui nem é ter usado esse recurso, mas sim nunca ter dado a entender ao longo da estória elementos do mesmo. Só deu a entender que não sabia como resolver a questão e então inseriu magia por pura preguiça. Fiquei bastante desiludido! Apesar disso, pretendo ler mais obras de Murakami. Só espero é que o autor não tenha usado o realismo mágico como desenrasque nos restantes livros! Ou se usou, ao menos que faça sentido.
Olá Ludgero,
ResponderEliminarGostei muito da tua opinião, quero muito ler este livro tenho-o na estante faz algum tempo.
Beijinhos e boas leituras.
Olá Ludgero,
ResponderEliminarEste foi o único livro que li o autor e sinceramente não género e não conto voltar a ler mais nenhum.
Bjs
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Parece interessante! Mais um para a lista ...
ResponderEliminarOlá Ludgero,
ResponderEliminarOlha não hipótese de ser a um dia da semana é que pelo que estou a ver ao fim de semana é complicado para muitas pessoas, pois têm compromissos familiares.
Beijinhos e boas leituras.
Olá :)
ResponderEliminarGostei da tua opinião.
Estou com muita curiosidade para ler algo do autor para ver em que grupo me situo ou se sou como tu, não gostar nem odiar.
Beijinhos e boas leituras
Não conhecia o teu blog mas gostei muito:)
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